A seca há séculos atinge o nordeste brasileiro, trazendo suas agruras ao nosso povo. As políticas públicas aplicadas até hoje são insuficientes e inadequadas.
Na grande seca de 1877 a 1879 D. Pedro II declarou: "Não restará uma única jóia na coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome"... "O cabra" morreu cheio de jóia e o sertanejo continua morrendo de fome.
As políticas públicas estabelecidas até hoje são paliativas, eleitoreiras e financiam tão somente a corrupção, de concreto gerou apenas a famigerada indústria da seca patenteada por ações do IOCS (1909), IFCOS (1919) e DNOCS (1945) que resolveram... a vida dos coronéis.
Mas, e a Igreja o que tem feito diante deste cenário? Quais as nossas ações concretas?
Com algumas, pouquíssimas, exceções, dá angústia ver nossa insensibilidade ante a estes fatos. Não denunciamos a corrupção e política propositalmente equivocadas, antes porém, temos visto os "nossos representantes" fazendo coro com a "oração da propina". Jogamos milhões e milhões de Reais pela latrina da indústria do entretenimento gospel e somos incapazes de construirmos uma cisterna na frente da casa de um irmão que morre de sede. Compramos (com dízimos e ofertas) e sustentamos (com nossa audiência a programas imorais como o "a fazenda") uma grande rede de televisão e não conseguimos replantar um árvore num sertão que se desertifica aceleradamente.
Deste modo, se o governo criou e cultiva a sua indústria da seca, a Igreja brasileira particularmente e a seu modo tem cultivado no ressecado solo sertanejo a cultura da insensibilidade.
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