quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
UM GIGANTE DE PIJAMAS
Vemos nestes dias, no Brasil, acontecer um momento de grande crescimento do "Povo de Deus". Dados estatíscos apontam que são mais trinta milhões de evangélicos que existem em nossa querida nação brasileira, um verdadeiro gigante. Este crescimento é estampado nas emissoras de rádio e tv que têm "entupido" suas grades com programas "evangélicos" que, nem sempre, têm teor adequado a proposta do Evangelho, pois não passam de balcões de comércio de artigos gospel e "bênçãos" que vão de viagens a terra santa à carrões, de mansões à iates... Um fantástico mundo de ilusões que destoa, escancaradamente, da realidade da Igreja estabelecida por Jesus Cristo.O crescimento deste gigante ("povo de Deus") torna-se notório, também, quando verificamos o quanto as ruas dos nossos centros urbanos estão ficando congestionadas de denominações, numa incrível multiplicidade de divisões de igrejas e do surgimento de novos "ministérios". Um fato que pelos resultados práticos que tem apresentado, demonstra que o crescimento está mais para "metástase" do que para expansão do Evangelho. Todos os dias aparecem novas igrejas com nomes que sugerem uma doutrina, no mínimo, questionável, como por exemplo a Congregação Anti-Blasfêmias, a Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta, ou ainda a Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo, Igreja Automotiva do Fogo Sagrado, Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo, Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D’Água, Igreja Dekanthalabassi, Igreja Cristo é Show, Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção) e entre tantas outras denominações a Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo!Este "show da fé" contrasta com a realidade missionária que vivemos no Brasil, mostrando claramente que enquanto o gigante dorme sonhando com um carrão, mansão e iate... milhares e milhares de pessoas, sob as suas barbas, não têm teto, não têm pão, não sabem quem é Jesus.Nestes dias estivemos com o Sal da Terra numa das comunidades, as quais o gigante adormecido tranca os olhos. Zé Gomes, um povoado sertanejo, no município de Exu, que até então não tinha nenhuma referência do Evangelho do Nosso Senhor Jesus. E para compor a nossa equipe, Deus levantou uma jovem de vinte e quatro anos de idade, Ilse Roskam, compositora e professora de música em Amisterdã na Holanda. Ilse juntou dinheiro o ano todo para vir ao Brasil, dedicar suas férias para anunciar a Cristo, abençoar nossa nação sertaneja. (veja uma das suas participações em http://www.youtube.com/watch?v=7MHbYkeQT3M&feature=channel_page)... uma vergonha para o gigante sonhador, que reluta em ver, por exemplo, a situação do Sertão, das tribos indígenas e dos sul do país.Quanto a nós, igreja brasileira, cabe aqui um questionamento bem simples: Até quando este gigante estará deitado no esplêndido e letárgico berço da indiferença? Até quando este sonhador "capetalista", rico em slogans como "O Brasil é do Senhor Jesus", continuará com sua pífia trajetória missionária, que não se traduz em ações práticas e relevantes em prol dos não alcançados pelo Evangelho? Até quando precisaremos que o Senhor levante, de tão longe, gente que tem a mão, de fato, no arado, verdadeiramente comprometida com Cristo, para ajudar os poucos que têm se envolvido com a Sua obra em nossa terra? Temos dois exemplos distintos, o exemplo do gigante sonhador que dorme indiferente, e o exemplo de pessoas como Ilse Roskam e de outros valentes brasileiros, que têm dedicado o melhor das suas vida ao Senhor e a Sua Obra. Sonhar com superficialidades ou trabalhar para ver pessoas transformadas pelo Evangelho? Um pijama ou um arado? Qual a atitude a seguir?
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